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Itacaré,15/11/2024

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Economia dos EUA dá sinais de que não há pressa para derrubar juros, diz Powell

cnnbrasil.com.br
Economia dos EUA dá sinais de que não há pressa para derrubar juros, diz Powell

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na quinta-feira (14) que as taxas de juros ainda devem cair mais, mas sinalizou que elas não devem diminuir num ritmo tão acelerado nos próximos meses.


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Segundo Powell, as tendências e dinâmicas atuais da economia devem permanecer em vigor, pelo menos no curto prazo. Isso inclui uma desaceleração do mercado de trabalho e inflação em arrefecimento, facilitada por taxas que ainda estão em níveis restritivamente altos. Manter os custos de empréstimos em sua taxa elevada atual pode aumentar o desemprego.


“Estamos movendo a política ao longo do tempo para um cenário mais neutro”, disse o presidente do Fed durante um evento em Dallas. “A economia não está enviando nenhum sinal de que precisamos ter pressa para reduzir as taxas.”


As ações dos EUA recuaram após os comentários de Powell.




À medida que o Fed busca continuar seu ciclo de corte de juros, as políticas propostas pelo presidente eleito Donald Trump podem eventualmente trazer algumas mudanças drásticas para a economia dos EUA, o que inevitavelmente afetaria o pensamento do Fed sobre as taxas.


A agenda econômica de Trump inclui estender os cortes de impostos de 2017, lançar uma série de isenções fiscais, limitar as taxas de juros do cartão de crédito em cerca de 10% e promulgar altas tarifas gerais — planos que provavelmente serão conduzidos pelo novo Congresso liderado pelos republicanos.


Powell disse que os economistas do Fed podem começar a avaliar os planos de Trump e como eles podem afetar a economia mais seriamente já no mês que vem, acrescentando que as autoridades eventualmente levarão em consideração esses efeitos depois que eles forem estudados mais profundamente. Mas ele enfatizou que muitas coisas ainda estão no ar, como a possibilidade de tarifas retaliatórias de outros países.


“Reservamos o julgamento até que realmente saibamos do que estamos falando”, disse Powell. “Não quero especular. Não quero adivinhar.”


Inflação persistente


Os dados de inflação de outubro não mostraram progresso em relação ao mês anterior, mas também não refletiram uma recuperação genuína nas pressões de preço. Também é muito cedo para que autoridades do Fed concluam que os dados de outubro são indicativos de qualquer nova tendência.


O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 2,6% em outubro em relação ao ano anterior, acima da taxa anual de 2,4% de setembro, representando a primeira aceleração ano a ano desde março.


O CPI de outubro ganhou força principalmente por causa de comparações com dados de um ano antes, quando a inflação caiu acentuadamente, conhecido como “efeitos de base”. O Índice de Preços ao Produtor de outubro, divulgado na quinta-feira (14), também veio quente.


Esses números oferecem uma ideia do que a medida de inflação preferida do Fed, o índice de preços de Despesas de Consumo Pessoal, pode mostrar em outubro, quando o relatório for divulgado no final deste mês.


















No início do ano, foram necessários três meses consecutivos de relatórios de inflação ruins para que as autoridades admitissem que houve uma “falta de progresso adicional”. Isso forçou as autoridades a manter as taxas inalteradas até setembro.


Por enquanto, a inflação ainda deve continuar com sua tendência de queda constante, apesar de alguns solavancos ao longo do caminho, de acordo com economistas e Powell.


“Com as condições do mercado de trabalho em equilíbrio e as expectativas de inflação bem ancoradas, espero que a inflação continue a cair em direção à nossa meta de 2%, embora em um caminho às vezes acidentado”, disse Powell.


A inflação não está em evidência tanto quanto costumava estar. Embora relatórios adicionais de inflação alta possam ser considerados nas decisões do Fed, as autoridades também estão observando o mercado de trabalho dos EUA de perto.


Contratações mais lentas e um aumento no desemprego desempenharam um papel em levar o Fed a começar a cortar as taxas em setembro.


Entenda por que os juros caem nos EUA e sobem no Brasil



Este conteúdo foi originalmente publicado em Economia dos EUA dá sinais de que não há pressa para derrubar juros, diz Powell no site CNN Brasil.

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