Padre José Eduardo é indiciado por tentativa de golpe e crimes contra a democracia
O padre José Eduardo de Oliveira Silva, de 43 anos, pároco da Paróquia São Domingos, em Osasco (SP), foi incluído no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em fevereiro deste ano, o religioso foi alvo de uma operação que cumpriu mandados de busca e apreensão. Influenciador digital com cerca de 425 mil seguidores no Instagram, ele tem feito declarações públicas e postagens que atraíram atenção por seus posicionamentos políticos.
A inclusão de José Eduardo entre os alvos da PF pegou muitos fiéis da paróquia São Domingos de surpresa. Embora o padre seja bem-quisto na comunidade, com uma postura geralmente discreta em relação à política, suas postagens nas redes sociais chamaram a atenção. Em outubro de 2022, ele publicou uma foto com a bandeira do Brasil cobrindo o altar durante o primeiro turno das eleições, e no dia 8 de janeiro, quando ocorreu a tentativa de golpe, fez uma postagem sobre a história bíblica de Absalão, filho do rei Davi, que se rebelou contra seu pai.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a operação de busca e apreensão, afirmando que o padre faria parte do “núcleo jurídico” do grupo envolvido no plano golpista. A PF também afirmou que José Eduardo estava presente em uma reunião no Palácio do Planalto em 19 de novembro de 2022 para discutir o golpe. No entanto, a defesa do pároco nega qualquer envolvimento, e o religioso está proibido de sair do país e de manter contato com outros investigados.
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