Pânico e coletes espalhados: sobreviventes detalham naufrágio de catamarã em Maragogi
"Ninguém sabia para onde ir porque os coletes estavam espalhados no barco. Então, o pessoal ia pegar os coletes, mas acabou que ficou muita gente para um lado do barco que foi para onde o barco virou", disse Alexandre Matos, um dos passageiros, ao G1 Alagoas.
A embarcação transportava 47 passageiros e três tripulantes. Imagens feitas durante o resgate mostram várias pessoas sem coletes salva-vidas, o que também foi apontado por bombeiros e policiais que atuaram no caso.
"Eu estava sem proteção, sem colete, e aí a filha largou tudo e se jogou por cima de mim para me ajudar. Eu me peguei com uma mão no colete dela e, com a outra, fui catando coisas para me segurar", relatou a professora Roseli Lukes, em entrevista concedida à TV Gazeta.
O marido de Roseli, o bombeiro voluntário Paulo Lukes, estava a bordo e ajudou a salvar outros passageiros. "Foi rápido demais. Não deu tempo de pensar em alguma coisa a não ser salvar-se e salvar um ao outro. É um nascimento de novo, com certeza", afirmou.
A Polícia Civil já iniciou as investigações para apurar as causas do acidente. De acordo com a delegada plantonista Márcia Barbosa, o inquérito será instaurado pelo delegado titular Antônio Nunes. O proprietário do catamarã prestou depoimento ainda ontem.
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