Estado deixa prédio do Instituto Penal Cândido Mendes em ruínas no Centro do Rio
Quem passa pela Rua Camerino, no Centro do Rio, se depara com um cenário de completo abandono. A via, de imensa importância para a história negra da cidade, é um reflexo da negligência do poder público: sujeira espalhada, lixo nas esquinas, moradores em situação de rua e prédios completamente deteriorados e invadidos. O DIÁRIO DO RIO tem chamado atenção há meses para a decadência da rua, localizada a poucos metros de patrimônios históricos, como o Cais do Valongo. E, agora, a denúncia recai sobre um patrimônio público centenário que está em ruínas.
A unidade tem capacidade para 246 internos, mas em 2020, durante a pandemia, chegou a abrigar mais de 300. A falta de manutenção do prédio é uma questão antiga e que se agrava com o tempo. Em 2014, o Instituto chegou a receber parte do acervo do Museu Penitenciário do Estado do Rio, mas, devido ao risco de infiltrações e a urgência de uma grande reforma, as peças precisaram ser devolvidas ao antigo endereço logo no ano seguinte.
Desde 2022, o prédio abriga o Patronato Magarino Torres, que foi transferido de Benfica para as dependências do Instituto. A entrada, pela Rua Senador Pompeu, é a única estrutura pintada e com um mínimo de restauro.
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