Ex-gerente da Vivara fatura milhões com franquia de semijoias Luah no Maranhão
Luana Cabral empreende desde 2013 na sua marca
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), o Brasil conta com mais de 4MM de revendedoras registradas formalmente. Mulheres que buscam uma renda extra com a venda de cosméticos, maquiagens, roupas e semijoias. Essa também foi a realidade da dona Eliana Cabral, que há mais de quinze anos empreendia com semijoias na cidade de Araguaiana, em Tocantins.
E foi inspirada na experiência de revendedora da sua mãe, que Luana Cabral encontrou uma luz no fim do túnel após ser demitida da joalheria Vivara, em 2012, onde ocupava o cargo de gerente de duas lojas em São Luís, no Maranhão.
Para abrir o seu próprio negócio, contudo, a tocantinense precisou usar o dinheiro da sua rescisão e vender o seu carro, no valor de R$ 26 mil, para dar os primeiros passos com a Luah Semijoias.
“Quando eu estava na joalheria, as lojas que eu gerenciava estavam sempre entre as TOP 10 de performance no ranking do Brasil, então é claro que a demissão me pegou desprevenida. Em paralelo a tudo o que estava acontecendo profissionalmente comigo no Maranhão, minha mãe empreendia como revendedora de semijoias desde a minha infância, em Tocantis. Logo, quando eu pensei em traçar meus próximos passos, empreender com semijoias foi o caminho mais obvio. Mas eu queria ir além do varejo, investindo em uma rede com revendedoras autônomas, formato que eu vi funcionar na minha família desde que eu era pequena e que incentivava outras mulheres”, conta Luana Cabral, socia fundadora da Luah Semijoias, rede de franquias especializada em lojas de acessórios banhados a ouro voltadas para o varejo e para revendas.
Foi assim que, em 2013, a empreendedora embarcou em um ônibus com destino à São Paulo, berço das fabricantes de semijoias, em busca de fornecedores. O capital utilizado como investimento inicial foi dividido para a compra de semijoias e de outros produtos como maleta, mostruários, embalagens, personalização de materiais e na estruturação do escritório.
E logo no primeiro ano o negócio já se mostrou promissor ao atingir a marca de 40 revendedoras adquiridas pelo “boca a boca”. O início foi marcado por passos lentos, mas consistentes.
Mas, foi somente em 2017 que Luana estudou a possibilidade de expandir pelo sistema de franquias. Na época, uma amiga da empresária havia sugerido uma sociedade ou a venda de uma franquia para fazer parte do negócio. Sem planos de renunciar à carreira solo, naquele momento, Cabral começou a estruturar a formatação de uma franquia da marca. O ingresso no franchising veio no mesmo ano, com a primeira unidade em São Luís, para essa amiga. No mesmo ano, seu marido, Thiago Borges, somoou forças à empresária e se tornou seu sócio na marca.
A dupla apostou em uma expansão cautelosa e responsável, priorizando investidores indicados por outros franqueados e que estivessem dispostos a tocar suas operações. Somente em 2023, a Luah Semijoias alcançou o marco de mais de dez lojas – todas com contratos fechados de forma orgânica, sem nunca terem feito um anúncio pago.
Hoje, a rede especializada em lojas de semijoias para varejo e revendas conta com dois formatos de negócios para os investidores: a microfranquia Home Office, que requer o investimento inicial de R$ 120 mil. Nela, a franqueada começa trabalhando em casa e, após um ano, inaugura a sua loja; e o Premium, que requer um investimento inicial de R$ 198 mil e que já inicia a operação com uma loja física estrutura para atender o varejo e as revendedoras da região.
Com um projeto de expansão mais audacioso para 2024, a Luah Semijoias prevê fechar o ano com 20 unidades e um faturamento de R$ 20 milhões, o dobro do ano passado. A rede, que hoje conta com 12 franquias na região Norte e Nordeste, planeja um crescimento espiral, com foco em reforçar a presença no Pará e conquistar os estados de Goiás e Mato Grosso.
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