Novo procurador-geral do RJ recebe denúncia sobre o cartão Jaé
Antônio José Campos Moreira, empossado na última sexta-feira (17) como novo procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Rio (MPRJ), já se depara com um desafio: apurar possíveis irregularidades na implantação do cartão Jaé, novo sistema de bilhetagem eletrônica da cidade. As informações são de Vítor d'Avila/Tempo Real.
Duarte pede que a Prefeitura do Rio adote medidas corretivas no processo de implementação do Jaé e que o MPRJ monitore os efeitos da transição do sistema de bilhetagem sobre a mobilidade urbana e o orçamento dos usuários.
Custos da falta de integração
A representação destaca que a falta de integração do Jaé com os sistemas estaduais impede o acesso à tarifa reduzida do Bilhete Único Carioca (BUC), prejudicando os usuários que utilizam múltiplos modais de transporte. Segundo o documento, a ausência de integração pode gerar um custo adicional mensal entre R$ 126 e R$ 162 por passageiro.
Aquisição do sistema pela Autopass
Outro ponto questionado na representação é a aquisição do Jaé pela empresa Autopass, que administra o cartão TOP em São Paulo. O vereador levanta dúvidas sobre a legalidade e a transparência do processo, considerando que o sistema de bilhetagem é uma concessão pública.
"A transferência de controle societário para a Autopass, antes mesmo da conclusão da implantação do sistema, suscita dúvidas sobre os critérios adotados para essa mudança e os possíveis impactos na continuidade e qualidade do serviço prestado", afirma o documento.
A operação do Jaé, inicialmente prevista para começar em 1º de fevereiro, foi adiada pelo prefeito Eduardo Paes para 1º de julho, após uma série de problemas no processo de implantação.
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