Rio de Janeiro atinge recorde e responde por 74% da produção nacional de gás natural
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O estado do Rio de Janeiro alcançou um novo recorde e agora representa 74% da produção nacional de gás natural, conforme aponta a 7ª edição do estudo "Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025", elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O lançamento oficial do documento acontece nesta quinta-feira (30), na Casa Firjan, e reúne dados atualizados sobre a cadeia produtiva do gás natural no Brasil, além das projeções para os próximos anos.
O cenário reflete o aumento da reinjeção de gás nos reservatórios, que atingiu 54% da produção nacional e ultrapassou 70 MM m³/dia no estado fluminense, marcando um novo recorde.
Rio de Janeiro concentra 72% das reservas nacionais
O levantamento também aponta que o Rio de Janeiro responde por 72% das reservas provadas de gás natural no Brasil, com 372 bilhões de metros cúbicos (m³) dos 517 bilhões de m³ totais do país. Em 2023, houve um crescimento de 46% nas reservas nacionais, impulsionado principalmente por novos campos em águas fluminenses.
Investimentos bilionários e impacto econômico
A Firjan estima que os investimentos ao longo da cadeia de valor do gás natural nos próximos 10 anos ultrapassem R$ 150 bilhões, o que pode resultar na criação de mais de 60 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, a abertura do mercado livre de gás natural foi um dos marcos de 2024, permitindo a migração de indústrias para contratos mais competitivos.
"Nosso estado é o hub de gás natural do país, um agente fundamental na descarbonização da economia e uma ferramenta estratégica para aumentar a competitividade industrial. Além de fortalecer a segurança energética do Rio e do Brasil, esse setor tem potencial para impulsionar ainda mais o desenvolvimento econômico", destaca o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
A aprovação do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição (CUSD) permitiu a migração de três indústrias fluminenses, que juntas consomem 1,7 MM m³/dia. Outras 12 empresas aguardam autorização para fazer a transição, conforme determinação da Agenersa. Segundo a Firjan, essa mudança pode gerar redução de custos na ordem de R$ 50 milhões ao ano para o setor industrial.
Publicação reúne os principais agentes do mercado de gás
A edição 2024-2025 da publicação traz análises e artigos assinados por especialistas da Firjan SENAI SESI, além da colaboração de representantes das principais empresas e instituições do setor, como Petrobras, MGás, Abiogás, Grupo Urca, CSN, Braskem, Naturgy, ANP, Ministério de Minas e Energia (MME), Equinor, Abegás, entre outros.
O estudo completo pode ser acessado no site da Firjan:? Perspectivas do Gás no Rio 2024-2025
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