Cláudio Castro e bancada federal defendem implantação completa do Anel Ferroviário do Sudeste
O governador Cláudio Castro e deputados da bancada federal do Rio de Janeiro se reuniram, nesta quarta-feira (5), com o ministro dos Transportes, Renan Filho, em Brasília, para defender a implantação integral da ferrovia EF-118 (Vitória-Rio). O trecho Sul, que ligará o Porto do Açu, no Norte Fluminense, a Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi o principal ponto de discussão.
Projeto estratégico para exportações e logística nacional
Cláudio Castro destacou que o Anel Ferroviário do Sudeste trará um impacto positivo não apenas para o Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil, aliviando gargalos logísticos e impulsionando o setor de exportação.
"O Anel Ferroviário do Sudeste contribuirá para o fortalecimento das exportações brasileiras, beneficiando não apenas o Estado do Rio de Janeiro. O Porto de Santos está com uma fila de espera de sete meses para atracar um navio. Com essa ferrovia, o Brasil ganha mais uma grande possibilidade logística, trazendo desenvolvimento ao país inteiro", afirmou o governador.
Castro lembrou ainda que o Porto do Açu tem uma área territorial equivalente a duas vezes a Ilha de Manhattan, nos Estados Unidos, e tem potencial para se tornar o segundo maior porto do Brasil.
Detalhes do projeto e impacto na economia
A EF-118 terá um total de 495 km e ligará a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), no Espírito Santo, à malha ferroviária da MRS, no Rio de Janeiro. O projeto visa integrar capitais, polos industriais e portos do Sudeste, além de:
Expandir a capacidade portuária e reduzir gargalos logísticos;
Melhorar o escoamento de cargas do agronegócio e mineração;
Criar um corredor logístico estratégico para o mercado interno e exportação;
Reduzir custos operacionais e incentivar a industrialização regional.
O Anel Ferroviário do Sudeste está incluído no Novo PAC e é considerado o maior projeto ferroviário do Brasil nos últimos 40 anos.
O primeiro trecho, de 170 km, atenderá a demanda de escoamento de minério de ferro, ferro gusa e carvão-coque. Já o trecho Sul, que liga o Porto do Açu a Nova Iguaçu, permitirá o transporte de grãos, fertilizantes, contêineres, derivados de petróleo, combustíveis e bauxita.
Rio de Janeiro como polo logístico nacional
O governador e os deputados do Rio defenderam que o Governo Federal estabeleça um prazo para a implantação do trecho Sul, sem condicionar a obra apenas à demanda por transporte de minério, como chegou a ser cogitado.
A ferrovia terá impacto direto em 24 municípios fluminenses, sendo que 13 já serão beneficiados na primeira fase da implantação.
"A decisão que o Ministério precisa tomar é fundamental e estratégica: vamos beneficiar apenas o minério ou diversificar a produção e expandir o impacto para todo o Brasil? Não estamos defendendo apenas o Rio de Janeiro, mas uma solução logística que beneficiará o país inteiro", reforçou Cláudio Castro.
O projeto fortalece o Rio de Janeiro como hub logístico nacional, impulsionando empregos, investimentos e crescimento econômico para o estado e para o Brasil.
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