A inflação brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,16% em janeiro, ficando ligeiramente abaixo das expectativas do mercado.

Segundo Pizzani, o desempenho do grupo de habitação foi um destaque positivo, apresentando uma deflação significativa devido ao bônus de Itaipu, um desconto aplicado nas contas de luz das famílias no primeiro mês do ano. Este fator foi essencial para evitar um resultado ainda mais elevado do IPCA.

Pressão dos alimentos preocupa

Por outro lado, o grupo de alimentos continua sendo uma fonte de preocupação.

Pizzani ressaltou que os preços dos alimentos têm apresentado um crescimento expressivo nos últimos meses, impactando diretamente o orçamento das famílias.

“No cotidiano, as pessoas percebem que a conta do supermercado está ficando cada vez mais cara”, afirmou o economista.

Além dos alimentos, outros setores também contribuíram para a pressão inflacionária. O grupo de transportes, por exemplo, foi afetado não apenas pelos reajustes nos preços dos combustíveis, mas também por aumentos nas passagens em diversas capitais.

O setor de serviços também apresentou alta, algo comum no início do ano devido aos reajustes de preços em diversas categorias.

Perspectivas para os próximos meses

Quanto às perspectivas futuras, Pizzani alertou que alguns fatores sazonais, como o aumento das passagens aéreas em janeiro devido às férias escolares, devem se normalizar.

No entanto, o grupo de habitação pode apresentar maior pressão inflacionária em fevereiro, corrigindo o efeito do bônus de Itaipu.

O economista concluiu que a tendência é de uma inflação mais alta no início de 2025, com atenção especial aos preços dos serviços, um dos principais focos de preocupação do Banco Central na busca pelo cumprimento da meta de inflação.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Especialista: Bônus de Itaipu foi essencial para desaceleração da inflação no site CNN Brasil.