As recentes medidas do governo de Donald Trump devem impulsionar a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CRE) do Senado. A intenção é iniciar os trabalhos com foco nas medidas de sobretaxa do aço e alumínio anunciadas pelo governo dos EUA.

De acordo com auxiliares do PSD, a intenção é adotar cautela com o tema da sobretaxa, mas avaliar os impactos negativos da barreira comercial para o setor produtivo de ambos os países.

A expectativa é que também componham a comissão os parlamentares Espiridião Amin (PP-SC), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Sergio Moro (União-PR) e Teresa Cristina (PP-MS).

Além das medidas de Donald Trump, a comissão também deve se debruçar sobre a situação dos deportados dos Estados Unidos, da relação Brasil e Venezuela e, ainda, os preparativos para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que, em 2025, será sediada em Belém (PA).

O colegiado tem, entre as atribuições, emitir pareceres sobre atos e proposições do Ministério de Relações Exteriores (MRE) e Secretaria de Comércio Exterior, além de aprovar indicações para postos diplomáticos no estrangeiro.

Integrantes do PSD afirmam que a comissão deve procurar se debruçar sobre os temas de impacto para o Brasil, mais do que atuar com as funções burocráticas.

Entre 2023 e 2024, a colegiado ficou com o MDB. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que estava na presidência, deve assumir a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A distribuição das comissões faz parte dos acordos para eleição da mesa diretora do Senado. Com apoio de mais partidos do que Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em 2023, mais siglas pleiteiam espaços.

Além da CRE, o PSD, que tem a maior bancada da Casa, também deve ocupar a presidência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), com o senador Otto Alencar (PSD-BA).

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