Caso Marielle: Rivaldo Barbosa pede ao STF desbloqueio de salário
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A defesa de Rivaldo Barbosa, réu no processo sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o desbloqueio do salário do delegado.
O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro está preso desde março. Ele é acusado de ser o mentor do assassinato de Marielle, supostamente a mando dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Na decisão que determinou sua prisão, Moraes também ordenou o bloqueio imediato de contas bancárias, ativos financeiros e bens do delegado.
Os advogados afirmam que os bens bloqueados visam garantir uma possível indenização aos familiares das vítimas pelos crimes dos quais ele é acusado. No entanto, argumentam que alguns desses bens foram adquiridos por financiamento e que a liberação do salário ajudaria a família a quitá-los.
“O acusado requer a Vossa Excelência que se digne de determinar a liberação das verbas de natureza salarial que se encontram bloqueadas há quase um ano [depósitos pretéritos], bem como dos aportes futuros pagos sob a mesma rubrica, a fim de propiciar tanto a manutenção dos bens bloqueados quanto à subsistência de sua família”, afirmou o pedido.
Barbosa assumiu a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro apenas dez dias antes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 2018. Ele foi uma das primeiras pessoas a se reunir com as famílias das vítimas, para as quais prometeu que desvendaria o caso e identificaria os mandantes do crime.
De acordo com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), Rivaldo Barbosa teria planejado o assassinato de Marielle Franco em conluio com os irmãos Brazão, que também foram presos em março. Há suspeitas de que o delegado tenha desviado o curso das investigações, acusando pessoas inocentes.
De acordo com as investigações, Barbosa foi responsável por indicar o delegado Giniton Lages, Polícia Civil do Rio de Janeiro, para a apuração dos assassinatos. Giniton é acusado de atrapalhar as investigações de forma deliberada para proteger os mandantes do crime. O delegado nega qualquer ligação com o assassinato.
Em dezembro do ano passado, Moraes liberou parte do salário de Giniton até o valor máximo de R$ 12 mil.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Marielle: Rivaldo Barbosa pede ao STF desbloqueio de salário no site CNN Brasil.
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