Venda de imóveis cresce 15,2% no Rio em 2024
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O mercado imobiliário do Rio de Janeiro registrou um crescimento expressivo nas vendas em 2024, com alta de 15,2% no número de transações, segundo levantamento da plataforma RioM². Foram 60.887 imóveis negociados, ante 52.813 em 2023, refletindo a forte demanda, mesmo em um cenário de juros elevados.
O cenário de preços pressionados, segundo o estudo, estaria ligado a uma dificuldade de acesso ao crédito imobiliário, com os bancos elevando as taxas de financiamento, o que, segundo informações, tem levado muitos compradores a adiar a decisão de aquisição.
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“A dificuldade de obtenção de crédito tem obrigado muitos a adiar o sonho do imóvel próprio”, afirma Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar. “A perspectiva para os valores de negociação é de uma desvalorização real ainda mais significativa nos próximos meses”.
O recente levantamento da empresa mostrou, pela primeira vez em décadas, que o Centro do Rio deu as caras no ranking dos 5 bairros campeões de venda de imóveis no município. E ser o quinto colocado na lista, é um sinal da recuperação que a Região Central como um todo vem passando: se no quesito cultural sempre manteve sólida importância, é a volta da “Cidade” – como os antigos chamavam o bairro – ao centro das atenções do mercado imobiliário. No finalzinho de 2024, lançamentos como o do Edifício A Noite e o da Cyrela na Avenida Beira Mar “lamberam” em questão de horas, como diz o jargão dos corretores: foram totalmente vendidos.
Alguns projetos na região central são mais polêmicos, como o mega espigão de quitinetes que está para ser licenciado para ser construído no lugar do espaço arborizado do Buraco do Lume, junto ao Terminal Menezes Côrtes, combatido por urbanistas por conta do enorme paredão que surgirá num terreno que é remanescente do Morro do Castelo. Mas a maioria dos projetos tem aprovação de toda a sociedade cicil, que quer ver a região novamente pujante e com uso misto. Recentemente, um terreno de quase 20.000m2 foi vendido e deve gerar muitas centenas de apartamentos, sem contar a venda de diversos prédios para retrofit no fim de 2024. Além disso, para o mercado corporativo, a escassez de escritórios na região conhecida como Orla (Glória/Flamengo/Botafogo), segundo especialistas do ramo, acende um sinal verde para a ocupação dos inúmeros escritórios AAA de que o Centro dispõe.A alta no volume de transações na cidade toda indica, segundo o Quinto Andar, que o Rio segue como um mercado dinâmico, impulsionado por compradores que buscam oportunidades em um cenário de valores mais acessíveis.
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