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Esquerda e direita já sabem que OAB não será cooptada, diz Simonetti à CNN

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Esquerda e direita já sabem que OAB não será cooptada, diz Simonetti à CNN

O presidente reeleito do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, disse ao CNN Entrevistas que a advocacia está “refratária a aceitar que a política invada os muros” da entidade.


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“Já há compreensão de muitos políticos de esquerda ou direita – e eu converso com absolutamente todos aqueles que me permitem conversar —, eles já compreenderam que a Ordem não será cooptada por um lado ou por outro”, afirmou.


“A advocacia já compreendeu, e isso é um fato que nós podemos tirar das últimas eleições, que é nociva para a advocacia esse flerte com a política.”




Eleições recentes das seccionais da OAB pelo Brasil tiveram candidaturas apoiadas por políticos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que chegou a pedir que advogados não votassem em “candidatos da esquerda” — quando governante, Bolsonaro teve embates públicos com o então presidente do Conselho Federal da OAB, Felipe Santa Cruz, cujo pai foi morto durante a ditadura militar.


Parlamentares também chegaram a fazer campanha pelos estados em apoio a nomes que consideravam mais próximos de suas bandeiras político-ideológicas.


“A exemplo da sociedade, a Ordem também recebe o reflexo da política brasileira”, reconhece Simonetti.


“Mas eu posso lhe garantir, lhe dizer que em inúmeras seccionais onde políticos importantes se colocaram ao lado de candidatos, para promover suas campanhas, essas campanhas foram derrotadas, porque a advocacia está refratária a aceitar que a política invada os muros da OAB.”


Simonetti afirmou na entrevista que a Ordem vai manter a linha de “defender o estado de direito, a democracia e a Constituição”.


“Assumi com o compromisso de mantermos equidistância de todas essas discussões ideológicas de bandeiras, mas respeitando a todas. E isso tem feito para que nós pudéssemos empregar toda nossa energia nas causas corporativas.”


Política interna


Reconduzido para um novo triênio à frente da OAB – o primeiro a seguir no posto desde a redemocratização no Brasil -, Simonetti obteve apoio unânime dos 81 conselheiros federais.


Esse colegiado é composto por três representantes titulares de cada estado da Federação, um desenho semelhante ao do Senado Federal.


Apesar da unanimidade obtida pela atual gestão, há questionamentos dentro da entidade em relação ao sistema de escolha do presidente do Conselho Federal, por se tratar de uma eleição indireta.


Seccionais com amplo número de advogados, a exemplo de São Paulo, têm como bandeira histórica a mudança para uma votação direta, da qual participem todos os profissionais em dia com a Ordem.


“O Conselho Federal já apreciou isso no passado por duas vezes, e por duas vezes rechaçou a proposta (de eleições diretas)”, disse Simonetti. “Eu tenho dito com muita tranquilidade, e sem nenhum constrangimento, que isso pode voltar ao debate.”


Para Simonetti, “o discurso de ‘democratizar’ o processo de eleição para presidente da OAB é muito sedutor, no entanto, traz alguns riscos”.


“Por exemplo, possa permitir que uma aventura seja promovida através dessa possibilidade de uma consulta direta a mais de 1 milhão de advogados. E tudo bem, é democracia.”


“Para a preservação do pacto federativo, que é mantido na Ordem, as menores seccionais são em maior número, defendem a tese contrária, dizendo: ‘Olha, se promoverem uma eleição nacional, uma eleição com consulta direta à classe, ela vai impedir que representantes dos estados menores possam chegar a ser diretores ou presidentes do Conselho Federal”, observou Simonetti.


E complementa “A OAB de São Paulo traz mais uma vez o tema à tona. Eu respeito, como disse na posse (do novo presidente da seccional, Leonardo Sica) em São Paulo, que esse tema pode ser rediscutido, desde que seja feito dentro da Ordem dos Advogados do Brasil”, disse o presidente do Conselho Federal.


“A tentativa que há hoje é que políticos apoiados por um viés ou outro ideológico promovam essa discussão no Congresso, sem que a Ordem seja ouvida sobre o seu interesse.”


Este conteúdo foi originalmente publicado em Esquerda e direita já sabem que OAB não será cooptada, diz Simonetti à CNN no site CNN Brasil.

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