Carnaval e Ressaca: sobrevivendo à folia

O Carnaval é aquela época do ano em que o Brasil esquece dos problemas e se entrega de corpo e alma à folia. São dias de festa, brilho, música alta e energia que parece inesgotável… até que chega a quarta-feira de cinzas e, junto com ela, a temida ressaca. Não estamos falando só da ressaca alcoólica, mas também da ressaca do corpo, da mente e até da pele! Porque, sejamos sinceros, depois de tanto pular, dançar e exagerar um pouquinho, quem não sente aquele peso da folia no dia seguinte?
O primeiro segredo para encarar o pós-Carnaval com dignidade é lembrar que o corpo não é bateria de escola de samba: ele precisa de pausas. A empolgação faz parecer que a energia é infinita, mas um organismo sem descanso cobra a conta cedo ou tarde. Dormir entre os dias de folia, nem que seja algumas horinhas, pode fazer toda a diferença para não chegar ao fim da festa em estado de calamidade. O corpo, assim como o samba no pé, precisa de ritmo!
Outro ponto fundamental é a hidratação. Se há uma máxima que nunca falha é que “água é vida”, e no Carnaval ela se torna um verdadeiro elixir de sobrevivência. O calor, o suor e as bebidas alcoólicas fazem o corpo perder líquidos rapidamente, e sem reposição adequada, o resultado é a temida ressaca. Alternar doses de água entre os drinks, tomar sucos naturais e não deixar para beber água só no dia seguinte são estratégias básicas para minimizar os danos.
E já que falamos de bebidas, vale lembrar: o exagero sempre cobra seu preço. Quem nunca caiu na cilada de misturar diferentes tipos de álcool e acordou sem saber ao certo onde errou? O fígado até tenta ser um herói, mas ele tem seus limites. A chave aqui não é demonizar a diversão, mas saber dosar e respeitar os sinais do próprio corpo. Se o mal já foi feito, o melhor remédio no dia seguinte é reforçar a hidratação, apostar em alimentos leves e deixar o corpo se recuperar no tempo dele.
A alimentação, aliás, é um detalhe que muitos foliões esquecem. Não adianta achar que é possível viver de glitter e purpurina por quatro dias sem que o organismo sinta. Comer antes de sair para a festa, preferir alimentos ricos em vitaminas e evitar frituras em excesso pode ajudar a manter a energia e evitar mal-estar no meio do bloco.
Mas e a pele, como fica depois de tanto sol, suor e maquiagem carnavalesca? O espelho pode revelar um rosto cansado, avermelhado e implorando por socorro. O combo protetor solar + limpeza de pele antes de dormir + hidratação faz milagres e evita que o Carnaval deixe marcas indesejadas. Afinal, purpurina sai com demaquilante, mas o estrago do sol sem proteção demora um pouco mais para desaparecer.
Por fim, a mente também precisa de cuidado. A ressaca emocional do pós-Carnaval existe e pode atingir até os foliões mais empolgados. Depois de tanta euforia, o silêncio pode parecer ensurdecedor e a rotina, um castigo. Mas calma! A folia pode ter fim, mas as boas lembranças ficam. O segredo é encontrar formas de manter o astral em alta, seja com momentos de descanso, revendo as fotos da festa ou já planejando a próxima.
O Carnaval é um evento de exageros, mas isso não significa que precisamos pagar um preço alto por ele. Com alguns cuidados simples, é possível aproveitar cada segundo sem sofrer tanto depois. Afinal, a vida continua depois da quarta-feira de cinzas, e sobreviver à ressaca faz parte do jogo. Que venham muitos Carnavais, mas que fiquem para trás apenas as lembranças boas, sem ressacas que durem mais do que a própria festa!.
** Médico Oftalmologista, especialista em Gerontologia e Saúde do Idoso. Pesquisador da FUnATI. Professor Universitário e Mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas pela Fundação de Medicina Tropical (UEA/FMT).
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