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Álvaro Tàllarico: ‘Ainda Estou Aqui’ consagra o Brasil e Oscar confirma teoria de ‘A Substância’

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Álvaro Tàllarico: ‘Ainda Estou Aqui’ consagra o Brasil e Oscar confirma teoria de ‘A Substância’

O Brasil fez história no Oscar 2025 com Ainda Estou Aqui conquistando a estatueta de Melhor Filme Internacional. A vitória de Walter Salles e sua equipe é um marco para o cinema nacional, uma vitória para a arte brasileira, tão subestimada. Esse prêmio consolida uma trajetória que já vinha sendo reconhecida nos principais festivais do mundo, como Berlim, Toronto e San Sebastián. O filme emociona pela força de sua narrativa e reafirma o talento do Brasil na sétima arte, algo que deveria ser mais valorizado globalmente e internamente.


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Por outro lado, se a Academia acertou ao reconhecer o cinema brasileiro, errou feio ao premiar Mikey Madison como Melhor Atriz, deixando para trás performances muito mais impressionantes, especialmente a de Fernanda Torres. A brasileira entregou uma atuação de complexidade imensa, que exigiu nuances emocionais, domínio técnico e uma presença arrebatadora. Superar Demi Moore, que também estava brilhante, já era questionável, mas a vitória de Madison sobre Fernanda Torres escancara um padrão preocupante: Hollywood ainda pende para o etarismo.


Ah, você pode dizer vários prêmios que foram para atrizes mais velhas... Sim, claro, diversas vezes. Mas em 2025 nada justifica a vitória de Mikey Madison. Apesar de que sim, ela está muito bem em Anora, um filme muito voltado para sexo, drogas e prostituição. Contudo, tecnicamente, o papel de Eunice Paiva é bem mais difícil e requer sutilezas.


A ironia fica ainda maior quando percebemos que A Substância, ótimo filme de Coralie Fargeat estrelado exatamente por Demi Moore, trata justamente do etarismo e da obsessão da indústria por juventude.


A premiação de uma atriz mais jovem, de 25 anos, linda, sobre concorrentes que entregaram interpretações mais densas apenas reforça a mensagem de A Substância (The Substance), um thriller de terror que aborda o etarismo e a obsessão pela juventude em Hollywood. A trama acompanha Elizabeth Sparkle (Demi Moore), uma atriz veterana que vê sua carreira ameaçada pelo passar dos anos. Em busca de recuperar sua relevância, ela descobre um tratamento revolucionário chamado "A Substância", que promete rejuvenescer o corpo e manter a juventude intacta. No entanto, ao aderir ao procedimento, Elizabeth descobre consequências aterrorizantes e um preço muito mais alto do que imaginava. A obra explora de forma eficiente temas de identidade, sacrifício e a pressão da indústria sobre mulheres envelhecendo.


Fez sentido para você? É lamentável ver que, enquanto Fernanda Torres e Demi Moore entregavam performances que exigiam grande domínio dramático, a Academia preferiu premiar uma atriz mais nova, ignorando a profundidade e a força de papéis que realmente demandavam experiência e maturidade cênica. Se o Oscar deseja ser relevante e representar de fato o melhor do cinema, precisa aprender a olhar além dos rostos jovens e reconhecer talento em todas as idades.


Mas, logicamente, o filme é estadunidense, Mikey Madison é norte-americana, e os Estados Unidos escolheram exaltar seus filhotes. Anora, um filme que achei extremamente bobo (mas que é, sem dúvidas, excelente tecnicamente), ganhou diversos Oscars.


Afinal, Fernanda Torres está consagrada de qualquer forma e, Ainda Estou Aqui, não só pela técnica, mas pela mensagem que passa, conseguiu uma vitória gigante. Então, vamos sorrir, sorriam. O Brasil está no topo.


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